Gálatas 1:11-20 (Bíblia de Jerusalém)
Leitura da carta de São Paulo aos Gálatas – Irmãos,
11. Pois eu vos asseguro, irmãos: o Evangelho anunciado por mim não é de origem humana.
12. De fato, eu não o recebi nem aprendi de algum homem, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo.
13. Certamente ouvistes falar da minha conduta outrora no judaísmo, de como eu perseguia com excessos a Igreja de Deus e devastava.
14. E, no judaísmo, ultrapassava a muitos compatriotas da minha idade, tal era o meu zelo pelas tradições paternas.
15. Mas, quando aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça,
16. houve por bem revelar-me seu Filho, para que eu o evangelizasse entre os gentios, não consultei carne e sangue,
17. nem subi a Jerusalém, para os que eram apóstolos antes de mim, mas parti para a Arábia, e depois voltei novamente a Damasco.
18. Três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias.
19. E não vi nenhum outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor.
20. O que vos escrevo, digo-o diante de Deus: não minto. - Paalavra do Senhor.
Reflexão:
Nesta passagem da Carta aos Gálatas, Paulo destaca a origem divina do seu apostolado e da sua mensagem. Ele enfatiza que o Evangelho que prega não é de origem humana, mas foi recebido por meio de uma revelação direta de Jesus Cristo. Paulo lembra seus leitores de sua vida anterior, quando era um fervoroso perseguidor da Igreja, sublinhando a radical transformação que sofreu através da graça divina. Esta transformação ilustra o poder redentor e transformador da graça de Deus.
Paulo também destaca sua independência inicial dos outros apóstolos. Após sua conversão, ele não buscou imediatamente a aprovação dos líderes da Igreja em Jerusalém, mas foi para a Arábia e depois voltou a Damasco, enfatizando que sua missão e seu ensinamento vieram diretamente de Cristo. Esta independência é importante, pois sublinha a autenticidade e a autoridade do seu apostolado.
A experiência de Paulo nos convida a refletir sobre o poder transformador do encontro com Cristo. Independentemente do nosso passado ou das nossas falhas, a graça de Deus pode nos transformar radicalmente e nos chamar para uma missão única. Somos desafiados a responder a esse chamado com fidelidade e a reconhecer que nossa verdadeira autoridade e inspiração vêm de Deus, não das aprovações humanas. Que possamos, como Paulo, abraçar a transformação que Cristo nos oferece e seguir com coragem e convicção a missão que nos é confiada.
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