sexta-feira, 30 de maio de 2025

Segunda Leitura: Efésios 1:17-23 - 01.06.2025


 Lectio Epistolae ad Ephesios (1,17-23)

Segunda Leitura: Efésios 1,17-23 – Vulgata com tradução interlinear

17 Ut Deus Domini nostri Jesu Christi, Pater gloriae, det vobis spiritum sapientiae et revelationis in agnitione ejus:
Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação, para que o conheçais profundamente.

18 Illuminatos oculos cordis vestri, ut sciatis quae sit spes vocationis ejus, et quae divitiae gloriae haereditatis ejus in sanctis,
Iluminando os olhos do vosso coração, para que saibais qual é a esperança à qual fostes chamados, qual a riqueza da glória da sua herança entre os santos,

19 et quae sit supereminens magnitudo virtutis ejus in nos, qui credimus secundum operationem potentiae virtutis ejus,
e qual é a extraordinária grandeza do seu poder para nós, os que cremos, conforme a eficácia da força da sua potência,

20 quam operatus est in Christo, suscitando illum a mortuis, et constituens ad dexteram suam in caelestibus,
que Ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos céus,

21 supra omnem principatum, et potestatem, et virtutem, et dominationem, et omne nomen, quod nominatur non solum in hoc saeculo, sed etiam in futuro:
acima de todo principado, potestade, poder e domínio, e de todo nome que se possa nomear, não só neste século, mas também no futuro.

22 et omnia subjecit sub pedibus ejus, et ipsum dedit caput supra omnem Ecclesiam,
E tudo Ele submeteu debaixo de seus pés, e deu-o como Cabeça, acima de todas as coisas, à Igreja,

23 quae est corpus ipsius, et plenitudo ejus, qui omnia in omnibus adimplet.
que é o seu Corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

Reflexão:
A sabedoria invocada não é mero saber racional, mas o desvelar da presença que sustenta o ser. O Espírito revela a unidade entre o invisível e o visível, entre a vocação interior e a missão concreta. O Cristo glorificado não está longe, mas é centro vivo da convergência de todas as coisas. Seu Corpo, a Igreja, é expressão dinâmica da liberdade em comunhão, onde cada ser participa da totalidade sem se dissolver. A força que o ressuscitou é a mesma que pulsa no íntimo da existência, convocando cada consciência à superação, à integração e ao florescimento de sua dignidade como parte de um Todo vivo.

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sexta-feira, 23 de maio de 2025

Segunda Leitura: Apocalipse 21:10-14.22-23 - 25.05.2025

 


Lectio libri Apocalypsis sancti Ioannis Apostoli

Apocalypsis 21,10-14.22-23

10 Et sustulit me in spiritu in montem magnum et altum, et ostendit mihi civitatem sanctam Ierusalem descendentem de caelo a Deo,
E levou-me em espírito a um monte grande e alto, e mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus,

11 habentem claritatem Dei: et lumen eius simile erat lapidi pretiosissimo tamquam lapidi iaspidis, sicut crystallum.
tendo a glória de Deus; seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como jaspe cristalino.

12 Et habebat murum magnum et altum, habentem portas duodecim, et in portis angelos duodecim, et nomina inscripta, quae sunt duodecim tribuum filiorum Israël.
Ela tinha uma muralha grande e alta, com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.

13 Ab oriente portae tres, et ab aquilone portae tres, et ab austro portae tres, et ab occidente portae tres.
Ao oriente, três portas; ao norte, três portas; ao sul, três portas; ao ocidente, três portas.

14 Et murus civitatis habens fundamenta duodecim, et in ipsis duodecim nomina duodecim Apostolorum Agni.
A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e neles os doze nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro.

22 Et templum non vidi in ea: Dominus enim Deus omnipotens templum illius est, et Agnus.
E templo não vi nela, pois o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro.

23 Et civitas non eget sole neque luna ut luceant in ea: claritas enim Dei illuminavit eam, et lucerna eius est Agnus.
E a cidade não precisa do sol nem da lua para iluminá-la, pois a glória de Deus a iluminou, e a sua lâmpada é o Cordeiro.

Reflexão:
A visão da Jerusalém celeste é imagem da consumação do ser no encontro pleno com o Real. Não é uma cidade construída por mãos humanas, mas uma realidade que desce, revelando que o fim é dom, não conquista. Cada porta, cada fundamento, indica que a unidade não anula a diversidade: nela todos encontram lugar. Não há templo porque o sagrado já não é separado — Deus habita o todo. Não há sol ou lua, pois a luz nasce do interior, onde a presença do Cordeiro resplandece. Assim também é a alma: chamada a tornar-se claridade viva, onde a liberdade se realiza em comunhão e o amor ilumina sem consumir.

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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Segunda Leitura: Apocalipse 21,1-5a - 18.05.2025


 Lectio secunda – Apocalypsis 21,1-5a

1 Et vidi caelum novum et terram novam. Primum enim caelum et prima terra abiit, et mare iam non est.
E vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar já não existe.

2 Et civitatem sanctam Ierusalem novam vidi descendentem de caelo a Deo, paratam sicut sponsam ornatam viro suo.
E vi a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, preparada como uma esposa ornada para o seu esposo.

3 Et audivi vocem magnam de throno dicentem: Ecce tabernaculum Dei cum hominibus, et habitabit cum eis. Et ipsi populus eius erunt, et ipse Deus cum eis erit eorum Deus:
E ouvi uma grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens! Ele habitará com eles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus.

4 Et absterget Deus omnem lacrimam ab oculis eorum: et mors ultra non erit, neque luctus, neque clamor, neque dolor erit ultra, quia prima abierunt.
E Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos; e a morte já não existirá, nem haverá luto, nem choro, nem dor, porque as coisas antigas passaram.

5a Et dixit qui sedebat in throno: Ecce nova facio omnia.
E disse aquele que estava sentado no trono: Eis que faço novas todas as coisas.

Reflexão:
Este anúncio de um novo céu e uma nova terra é o sinal de que a história não caminha para a destruição, mas para a realização. A existência não é um ciclo fechado, mas um movimento progressivo rumo à unidade plena entre o divino e o humano. A nova Jerusalém, que desce do alto, revela que a transformação do mundo nasce de dentro, da dignidade de cada pessoa reconciliada com o Amor. O fim da dor e da morte não é negação da realidade, mas sua transfiguração. Quando Deus diz “faço novas todas as coisas”, Ele também desperta em cada ser a vocação de participar desse novo começo.

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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Segunda Leitura: Apocalipse 7:9.14b-17 - 11.05.2025

 


✦ Lectio Secunda – Apocalypsis 7,9.14b-17

Dominica IV Paschae – Dominica Boni Pastoris

9. Post hæc vidi turbam magnam, quam dinumeráre nemo póterat, ex ómnibus géntibus, et tribubus, et pópulis, et linguis: stantes ante thronum, et in conspéctu Agni, amícti stolis albis, et palmæ in mánibus eórum.
Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e com palmas nas mãos.

14b. Hi sunt, qui venérunt de tribulatióne magna, et lavérunt stolas suas, et dealbavérunt eas in sánguine Agni.
Estes são os que vieram da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.

15. Ideo sunt ante thronum Dei, et sérviunt ei die ac nocte in templo eius: et qui sedet in throno, habitábit super illos.
Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem dia e noite no seu templo; e aquele que está sentado no trono estenderá a sua tenda sobre eles.

16. Non esúrient, neque sítient ámplius, neque cadet super illos sol, neque ullus æstus:
Nunca mais terão fome nem sede; nem o sol nem o calor algum cairá sobre eles.

17. Quóniam Agnus, qui in médio throni est, reget illos, et dedúcet eos ad vitæ fontes aquárum: et abstérget Deus omnem lácrimam ab óculis eórum.
Pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos.

Reflexão:

O coração do universo pulsa numa direção invisível, onde toda dor é transfigurada em sentido. A multidão de todas as línguas e povos não é caos, mas sinfonia — unidade construída na liberdade. Cada veste branca foi lavada no sangue, isto é, no amor que se oferece, e não na força que se impõe. A dignidade humana não vem de uma condição externa, mas do mergulho interior na verdade do Cordeiro. No centro de tudo, não há um trono de dominação, mas de cuidado: o Cordeiro reina apascentando. A justiça suprema não elimina, mas acolhe, não pune, mas transforma. Pois a lágrima mais íntima não é esquecida — ela é acolhida por Aquele que conduz ao manancial onde a sede é apagada por presença.

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sexta-feira, 2 de maio de 2025

Segunda Leitura: Apocalipse 5:11-14 - 04.05.2025


Lectio Secunda – Apocalypsis 5,11–14

“Adorationem Agni”

11. Et vidi, et audivi vocem angelorum multorum in circuitu throni, et animarum animalium, et seniorum: et erat numerus eorum myriades myriadium, et millia millium,
E vi, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e das almas dos seres viventes e dos anciãos: e o número deles era miríades de miríades, e milhares de milhares,

12. dicentes voce magna: Dignus est Agnus, qui occisus est, accipere virtutem, et divinitatem, et sapientiam, et fortitudinem, et honorem, et gloriam, et benedictionem.
Dizendo com grande voz: Digno é o Cordeiro que foi imolado, de receber poder, divindade, sabedoria, força, honra, glória e bênção.

13. Et omnis creatura, quæ in cœlo, et super terram, et sub terra, et in mari est, et omnia quæ in eis sunt, audivi dicentem: Benedictioni et honori et gloria et potestas sit superthroni sedentis, et super Agnum, in sæcula sæculorum.
E toda criatura que está no céu, e sobre a terra, e debaixo da terra, e no mar, e tudo o que neles há, ouvi dizendo: Bênção, honra, glória e poder sejam sobre o trono daquele que está sentado, e sobre o Cordeiro, pelos séculos dos séculos.

14. Et quatuor animalia dicebant: Amen. Et viginti quattuor seniores ceciderunt in facies suas, et adoraverunt viventem in sæcula sæculorum.
E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos caíram sobre seus rostos, e adoraram aquele que vive pelos séculos dos séculos.

Reflexão:
A visão de João no Apocalipse não é apenas um espetáculo divino, mas a expressão de uma realidade transcendente que se desvela no coração do cosmos. O Cordeiro, que é a convergência de todas as forças divinas, recebe a adoração não porque seja o soberano distante, mas porque se tornou o princípio ativo do amor redentor. A resposta de toda a criação a essa presença não é passividade, mas participação na ordem universal. O ato de adorar o Cordeiro é um movimento de reconhecimento da unidade essencial que envolve o ser e o Todo. O trono e o Cordeiro não são separados: eles são a manifestação de um poder que é ao mesmo tempo transcendental e imanente, onde cada ser se encontra em sua verdade mais profunda, reunido no círculo eterno do Amor.